Brazilienses democraticus

De que adianta mais de um milhão de cidadãos politicamente engajados assinarem e submeterem uma ação popular no Congresso para uma emenda legal como, por exemplo, o caso "Ficha Limpa", o qual, para quem ainda não sabe foi devidamente engavetado pelo nossos "representantes" e destinado às calendas?! 
Se nosso modelo mambembe de democracia representativa prevê apenas eleições proporcionais (e pior, no caso da federação, um peso para cada unidade), desculpe, mas nossos queridos deputados não vão mover uma palha em direção de uma legislação que os monitore e exija ilibada vida civil.
É um caso de lógica e sacanagem, pura e simples, respectiivamente: se o votante não possui vínculo algum com "seu representante" após o ato de votar (a não ser o "Jus Esperniandi"), o eleito "se lixa" para o coitado que, certo da probidade política do Exmo. Sr. Deputado, aguarda a retidão legislativa, a honestidade com os dinheiros públicos e a execução da vontade popular durante o exercício do mandato.
A regra básica e amplamente utilizada pelos legisladores é: eleja-se e durante o seu mandato faça apenas -  às pessoas de seu bairro, cidade, ou estado.- uma ação popularesca e/ou financeira amável e rebuscada burocraticamente, mas que possua impacto publicitário demonstrando o seu empenho na solução (no primeiro caso) e altamente rentável - e vinculado à uma polpuda contrapartida nas próximas eleições (no segundo caso), afinal a roda não pode parar, não é mesmo?
No resto do tempo locuplete a si mesmo ou os apaniguados estruturantes, também conhecido como companheiros de partido ou de cama e mesa. O resto? São apenas eleitores... massa de manobra, zé povinho mesmo.

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